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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL – AVC

Postado em janeiro 31, 2018 por



acidente vascular cerebral (AVC), que popularmente é conhecido por derrame, é uma das principais causas de morte e de sequelas no mundo e no Brasil. Atinge 16 milhões de pessoas ao redor do globo a cada ano. Destas, seis milhões morrem, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, são registradas quase 70 mil mortes por AVC por ano.

Incrível que tantas pessoas passem por isso se 90% dos casos podem ser prevenidos. A prevenção passa pela alimentação – menos sal, por favor –, prática de exercícios físicos, parar de fumar, diminuir o estresse. “Mas tem a ver principalmente com o controle de doenças que levam ao acidente como pressão alta, colesterol, arritmia e diabetes”, ressalta a neurologista Sheila Cristina Ouriques Martins, da Academia Brasileira de Neurologia.

O AVC ocorre mais frequentemente depois dos 55 anos, mas pode ocorrer também em crianças e adolescentes. “O mais sério é que, quando acontece com jovens, normalmente não é associado ao AVC. Então, o atendimento demora muito, o que só agrava o problema”, diz Sheila. O atendimento rápido, em até quatro horas, é muito importante para evitar sequelas.

A chance de um segundo

Num minuto a pessoa está normal e alguns segundos depois a fala fica confusa, um dos braços perde a força, a visão fica turva. Isso tudo porque uma partezinha do cérebro ficou sem sangue, seja porque uma das artérias responsável pela irrigação rompeu-se, seja porque – mais comumente – ficou estrangulada.

Pessoas que já tiveram um AVC apresentam uma chance nove vezes maior de sofrer um acidente caso não controlemos fatores de risco. Além do controle da pressão, do diabetes ou qualquer outro problema que tenha disparado o acidente, é comum a recomendação de tomar, diariamente, uma dose de ácido acetilsalicílico.

Os sintomas são os mesmos do primeiro episódio. Só que, muitas vezes, a pessoa já está debilitada e fica mais difícil perceber. “Um caso bastante comum é o que chamamos de acidente isquêmico transitório, quando os sintomas desaparecem em, no máximo, 24 horas. Nesses casos, o acidente é bem leve e os sintomas desaparecem pouco depois”, explica a neurologista Raquel Ferri, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “O problema é que a chance de ter um AVC mais sério nos próximos três meses é de 10% a 15%. Então nenhum caso deve ser negligenciado”, completa ela.

Seja para o primeiro, seja para o segundo episódio, o tratamento de emergência é semelhante. Nos casos de AVC isquêmico, ministra-se um trombolítico para aumentar a irrigação no cérebro. Quando isso não funciona, a novidade é o uso de um tipo de cateterismo, semelhante àquele usado nos casos cardíacos. Um cateter segue pela artéria que está fechada para liberar a passagem do sangue. No caso de AVC hemorrágico, muitas vezes é necessário realizar uma cirurgia para drenar o sangue e diminuir a pressão dentro do crânio.

Além da visita regular ao médico para controlar pressão e outros fatores de risco, há outras atitudes que podem ser tomadas no dia a dia para prevenir o acidente. Pesquisas mostram que alguns tipos de vitamina – principalmente a E e as do complexo B – previnem os casos de AVC. A carência dessas vitaminas está associada ao aumento no organismo de um aminoácido chamado homocisteína. A homocisteína, por sua vez, aumenta a chance de haver um derrame. Por isso, o consumo de suplementos é indicado principalmente para quem já sofreu um episódio de AVC. Hábitos alimentares saudáveis e exercícios também são fundamentais.

Diminua os riscos de AVC diminuindo o sal!

Ilustração: Sueli Mendes

MAIS CONTROLE DA HIPERTENSÃO

Para prevenir o AVC é importante controlar a pressão sanguínea. “O sódio, presente no sal de cozinha, é o principal vilão porque tem atração pela água”, explica a nutricionista Inty Davidson (SP). “A substância entra na circulação e puxa um volume maior de água para dentro das artérias, fazendo que a pressão se eleve”, completa ela.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um consumo máximo diário de 5 g. “Para substituir o sal na cozinha, o melhor a fazer é apostar em temperos naturais como cebola, alho, salsa, cebolinha, cominho, curry, alecrim, orégano e páprica”, enumera Inty.

FONTE: Revista VivaSaúde – Edição 141

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